4 de jan. de 2008

Lei municipal acaba com lendas urbanas paulistanas

Câmara Municipal de SP revoga lei que impedia anões de morrerem e acaba trazendo à tona outra questão mitológica da capital.

A Câmara dos Deputados de São Paulo aprovou hoje lei que regulamenta os processos mortuários para portadores de nanismo no município de São Paulo. A partir de 15 de fevereiro de 2008, os mais de 150.000 anões residentes na capital estão autorizados a falecer, sofrer morte cerebral e outros infortúnios comuns ao resto da população. Às suas famílias fica reservado o direito de exercer práticas religiosas comuns em caso de morte, como velório, enterro, cremação, entre outros.


A lei que permite a morte dos anões foi criada pelo Deputado, cantor e anão Nelson Ned. Segundo ele, “a classe anã já estava cansada de não morrer e agora ganhou um direito constitucional já garantido ao resto da população mundial há milênios”. A proibição da morte para anões foi uma das primeiras leis aprovadas pela Câmara dos Deputados, em 1935. Além de regulamentar o falecimento desta parcela da população, especialistas apontam que com a nova lei outro problema da esfera da saúde pública também chegará perto de solução: a inexistência de filhotes de pomba na capital paulista.


Para Antônio Gouveia de Castro, titular da cadeira de Biologia Mutante da Universidade de São Paulo, indivíduos portadores de nanismo que atingem idade avançada sofrem uma espécie de metamorfose gradual, se transformando em pomba ao final do ciclo, “uma espécie de evolução da espécie”, segundo o Professor. Esta espécie de mutação é o que, ainda de acordo com o catedrático, explica a inexistência de filhotes da columba lívia (o nome científico da pomba) próximo aos centros urbanos. Esse fenômeno ocorre por que as pombas oriundas da mutação nanística são mais resistentes que as convencionais, que são eliminadas num processo de canibalização pombal.

Neste momento, lobistas da Associação Brasileira de Funerárias, grupos protetores de pombas e da OAB (Ordem dos Anões do Brasil) reúnem-se para discutir a nova lei, que ainda depende da sanção do prefeito Gilberto Kassab.
Por um não-jornalista, baseado num não-fato, direto da não-redação.

3 comentários:

Bigode disse...

Bem engrasssssado, meninao.
Pode ser que autorizem a existência de anões cabeludos também, será que não?
Abraço!

Anônimo disse...

Começou bem o ano, negão.
Continue assim.

Bigode disse...

Pronto.
Sua vez agora...